terça-feira, dezembro 13, 2016



MENSAGEM DO CAPELÃO


Nesta época tão especial do Natal, agarremo-nos a esta dimensão espiritual e comprometamo-nos a ser verdadeiramente humanos com alma espiritual que dinamize a nossa vida e a faça renascer para o amor, paz e muita saúde. O Natal tem a beleza humana de uma criança que nasce e de uma Mãe que dá à luz, para quem nem a precariedade das circunstâncias impede ou diminui a ternura. Mas se quisermos celebrar o Natal, temos de fazer do Natal a festa da descoberta de Jesus Cristo, do encontro com a salvação.
Sabeis o que torna difícil a verdadeira celebração do Natal? É que não são muitos os que desejam encontrar-se com Jesus Cristo, não são muitos os que desejam a salvação. E sem esse desejo, Jesus Cristo, nascendo ou morrendo, e ressuscitando, nunca será o anúncio da alegria definitiva.
A impiedade concretiza-se na negação de Deus, na irrelevância em que é tida a acção de Deus para a realização do homem; a injustiça ganhou dimensões gigantescas, tornou-se desigualdade chocante, que se exprime na violência e na corrupção; o abandono aos desejos mundanos anulou o espaço da exigência moral no exercício da liberdade. Por isso nesta época não há espaço para tristezas, alegremo-nos, olhemos para esta família de Nazaré, simples, pobre, mas rica de amor, tranquilidade e paz. No meio do desespero encontrou sempre aconchego de Deus, porque sempre acreditou que nele estava toda a orientação necessária para superar tudo. Agora é a nossa vez de depositarmos confiança neste menino que soube viver, sobreviver e morreu, mas permanece vivo em cada um de nós, sempre e quando o imitarmos, porque ele ressuscitou e continua a ressuscitar, porque somente nós podemos fazê-lo viver hoje e sempre. LMC

terça-feira, outubro 25, 2016



Entre o Sono e Sonho

Entre o sono e sonho,
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.

Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.

Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.

E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre —
Esse rio sem fim.

Fernando Pessoa



No 15 Outubro 2016 Celebramos 

Santa Teresa de Jesus que nasceu em Ávila, Espanha, no ano de 1515.

Entrou no Carmelo da Incarnação em 1535. Depois de um longo período de tibieza, começou a sua “conversão”, com uma intensa vida mística em contato com Cristo, que a levou ao forte desejo de servir a Igreja do seu tempo, dilacerada pela Reforma protestante.

Em 1562, fundou o Carmelo de S. José, em Ávila, onde deu início à reforma da Ordem. Seguiram-se diversas fundações de conventos reformados em Castela e na Andaluzia.

A reforma estendeu-se também aos conventos carmelitas masculinos, graças à colaboração de S. João da Cruz, seu diretor espiritual, a partir de 1567.

No leito de morte declarou-se feliz por morrer “filha da Igreja”. Faleceu a 4 de Outubro de 1582. Foi canonizada por Gregório XV, em 1623, e declarada Doutora da Igreja por Paulo VI, em 1970.

A SUA HISTÓRIA…
Teresa de Jesus deixou-nos um precioso testemunho da sua caminhada de fé no livro da sua Vida, onde revela uma infância religiosamente precoce, uma juventude vivida na crise, uma recuperação vocacional aos vinte anos, seguida ainda por uma experiência de vida religiosa com altos e baixos, até à “conversão” definitiva, quando já se aproximava dos quarenta anos.


É a lenta caminhada de uma história de salvação que, desde os limites do pecado, se desenvolve numa conversão sincera e total, com uma determinada determinação, com uma opção total e definitiva pelo Senhor, que dá azo a uma experiência mística em que Deus opera maravilhas.

A vida de Teresa testemunha o processo de transformação da sua pessoa, o desejo de salvação, a efetiva mudança de vida, a graça do Espírito Santo que a penetra e conduz a uma intensa experiência de fé cristã. Nela notamos a graça mística como iluminação interior e como experiência de salvação e de transformação, a presença de Deus, a força da Palavra e dos Sacramentos, a revelação de Cristo Ressuscitado, na sua santa humanidade, a efusão do Espírito Santo e dos seus dons. 
A experiência da inabitação trinitária, da comunhão total com Cristo esposo, orientada para o serviço da Igreja, meta ideal da santidade cristã, coroou a sua caminhada. Foi um itinerário em que a oração interior, divina amizade com Deus, foi a chave de compreensão.

Tudo desembocou na mística do serviço, numa forte unidade de vida vivida e ensinada pela santa, num grande amor pela Igreja, demonstrado concretamente na promoção da santidade da vida e no serviço da vida contemplativa para renovação da Igreja. LMC

 




quinta-feira, julho 14, 2016



AINDA E SEMPRE O SILÊNCIO
Já lá vai o tempo em que o silêncio era ouro.
Hoje, na época dos ruídos metalizados, nem a mais reles lata se associa ao silêncio. Fala-se, sem rodeios, do silêncio da lei, estrema-se a linguagem quando se diz que há um silêncio sepulcral e achincalha-se um oponente quando se afirma que se reduziu o fulano ao silêncio. Mas voltando ao principio.
Ao silêncio desfrutado, como ao silêncio que transporta respeito. Pelo outro e por cada um. É necessário reabilitar o silêncio que nos oferece tempos de expressão lhana, cristalina, límpida de nos exprimirmos e de nos sentirmos ser.


Convida-nos à profilaxia da introspecção, aproxima-nos na selecção do que não é silêncio.

A natureza gosta do silêncio sem adereços, porque o silêncio é a forma serena de se adormecer e o modo suave de se acordar. A neve vai no silêncio.

A alvura é o silêncio majestoso das cores na sua plena união. O nascer e o pôr-do-sol convidam à serenidade do silencio. O silêncio é o dia cedo, como contraponto da noite tarde.

No princípio certamente era o silêncio, no fim o silêncio será na eternidade entre o princípio e o fim. Não é o silêncio que nos aproxima da morte o mesmo que escutamos no ventre materno usufruindo da sua plenitude prenhe d amor?


O silêncio é o eco da nossa existência agora e o som da nossa não existência amanhã. O silêncio não acaba porque não tem medida, nem tempo.

Como tal, o silêncio é eterno e existe para além de nós, na imensidão do universo e na compreensão de Deus. E Deus ama o nosso silencio que lhe é oblado na quietude do tempo e na serenidade o encontro. LMC








EDUCAR HOJE

Verdades da Profissão de Professor

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que os seus filhos sejam professores. Isso mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados.

Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.

A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda. LMC



quinta-feira, junho 09, 2016



Dia 13 de Junho "Santo António de Lisboa"
S. António nasceu em Lisboa, em 1195. No batismo, recebeu o nome de Fernando. Em 1210 entrou para os Cónegos Regulares de S. Agostinho, no mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa. Dois anos depois, desejando uma vida mais recolhida, transferiu-se para o Mosteiro de S. Cruz, em Coimbra. Ordenado sacerdote, em 1220, ao ver os restos mortais dos primeiros mártires franciscanos, mortos em Marrocos, sentiu um novo apelo vocacional e mudou-se para a Ordem dos Frades Menores, tomando o nome de António. Em 1221 participou no “Capítulo das Esteiras”, junto à Porciúncula, e viu Francisco de Assis. Depois de alguns anos no escondimento e na oração, começou a pregar com grande sucesso e frutos. Converteu hereges em Itália e em França. Morreu aos 33 anos de idade, perto de Pádua, onde foi sepultado. No dia do Pentecostes de 1232, um ano depois da sua morte, foi canonizado pelo Papa Gregório IX. LMC







Vive a Vida

Não tenhas medo da vida, tem medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Sê um sonhador, mas une os teus sonhos com disciplina,
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Sê um debatedor de idéias. Luta pelo que amas. LMC


terça-feira, maio 03, 2016



MÊS DE MAIO
É o Mês de MARIA, a Mãe de Jesus .
Maria, através de seu semblante deixa transparecer a divindade de seu Filho muito amado, Jesus. Ela é a Mãe do Puro Amor.
Maria é promessa e esperança, é ternura e solidariedade, é bondade e amor. É o veículo direto que nos comunica com Seu Filho. É nossa intercessora.
A ela, confiamos nossas fraquezas, nossos sofrimentos, nossas limitações.
O colo de Maria é maternal. Nele, encontramos abrigo e consolo. Ela nos conforta, nos acalenta. A presença da Virgem Maria em nossas vidas é real. Maria nos guia a cada momento. É mãe cuidadosa e amorosa com seus filhos. Assim, também, devemos ser com nossos filhos, semelhantes à Maria. Tratá-los com carinho sob nossa orientação e cuidados, mesmo que tenhamos que nos esforçar em certas ocasiões.
Devemos ser fiéis à Mãe de Deus, oferecendo nossas orações, aflições, angústias e tendo-a em lugar especial e respeitoso em nossas vidas.

Ela, não se esquece de nós. Precisamos ser Mães como Maria, acalentando nossos filhos, educando-os e amando-os, dentro dos princípios morais, éticos e religiosos. Sejamos mães comprometidas com nossos filhos, até as últimas consequências. Isso, alegrará o Coração de Maria.
Maria supervisiona nossa maternidade. Ela é Mãe Celeste das Mães.
Ela nos abençoa e solidifica nossa fé em seu Filho amado.
Com Maria firmamos nosso elo de união com Jesus Cristo seu FILHO.
O profundo mistério de ser Mãe de Deus a coloca numa posição privilegiada na história da salvação, elevando-a acima de todas as criaturas. Porém, não podemos esquecer que sua vida foi de ser humano normal semelhante à nossa, com as devidas diferenças da época.
Mas, as preocupações, sofrimentos, trabalhos, exatamente, como nós. Estamos acostumados a vê-la nos altares, merecidamente, envolta em vestes douradas, mãos postas, glorificada.
Mas... Nos esforcemos para também vê-la de avental, cozinhando e lavando como nós.
Nossa relação com Nossa Senhora é uma relação de infinita igualdade e ao mesmo tempo de grandezas diferentes.

E o SIM de Maria? É o SIM do verdadeiro e Santo Amor.
Queremos pedir um pouco da sua coragem, para darmos o “SIM” necessário à realização do Plano de Deus em nós.
O Sim da Virgem Maria a coloca em plena disponibilidade ao Criador. Sem pensar nas consequências, faz a sua entrega, entrega total de prova de amor.
Maria foi o maior exemplo de fé, de certeza, fidelidade ao Pai.
Renuncia sua própria vida de jovem comum e assume o principal papel na História Universal, o de Mãe de Deus.
A Igreja estabeleceu duas festas de preceito e honra à Virgem Maria.
A Festa da Imaculada Conceição no dia oito de dezembro e a Festa da Assunção de Maria em quinze de Agosto.
As demais festas celebram os Privilégios de Maria. E são muitas, pois ela tem muitos títulos. lmc