terça-feira, outubro 30, 2012


A Vida em Sociedade Hoje!

Há duas tendências muito fortes no ser humano: uma para buscar a autonomia, a auto-suficiência, a independência; e outra para fazer parte e pertencer a uma unidade maior. Essa unidade maior pode ser definida como a família, a nação, uma ideologia, ou seja, um universo maior que tenha um significado importante. Dessa forma o indivíduo desenvolve-se, ultrapassa a sua individualidade e busca a integração com os outros.

 Para se desenvolver de forma equilibrada, a pessoa precisa comprometer-se, adaptar-se, ceder. Tudo isso não é muito fácil, pois sempre haverá conflitos entre o eu e o outro, entre o querer tudo para si e precisar fazer algo para o outro. A vida em sociedade fica mais fácil quando entendemos que dependemos uns dos outros para viver melhor, e que juntos somos mais fortes.

Os seres humanos não vivem juntos apenas por escolha, mas porque a vida em sociedade é uma necessidade. Se alguém, por livre vontade, se isolasse numa ilha, com todos os recursos para sobrevivência, em pouco tempo sentiria falta de companhia e sofreria com a solidão, por não ter com quem partilhar idéias, dar e receber afeto. Poderia até mesmo enlouquecer. Portanto, as pessoas satisfazem as suas próprias necessidades vivendo em sociedade. Quando a auto-estima - a visão que a pessoa tem de si mesma - é positiva, o relacionamento em sociedade torna-se mais fácil, mais saudável e mais satisfatório. O inverso também é verdadeiro, isto é, um bom relacionamento social alimenta a auto-estima positiva.

Para manter um bom relacionamento com as outras pessoas são necessárias algumas condições básicas: sermos autônomos, assertivos, confiantes e termos auto-estima elevada. Sem essas condições, atribuiremos aos outros a causa das dúvidas, fraquezas, incertezas e desconfianças que temos a respeito de nós mesmos.

Em sociedade o eu e o outro sempre se relacionam, e as necessidades sociais vão sendo estabelecidas. Elogiamos e somos elogiados; compreendemos e somos compreendidos; amamos e somos amados; vemos e somos vistos; valorizamos e somos valorizados. Até as frustrações são mútuas: rejeitamos e somos rejeitados; causamos dor no outro e ele em nós; discriminamos e somos discriminados. O certo é que para o bem e para o mal, querendo ou não, o outro é parte da nossa vida e a nossa vida é parte do outro.

Muitas pessoas queixam-se de que a sociedade define muitas regras e que sem elas a vida poderia ser melhor. A verdade é que cada um deve definir o seu limite, respeitar a sua individualidade e também a do outro. Aí surge a pergunta: isso também não é uma regra?


A necessidade de nos mantermos unidos a outros seres humanos não é um capricho ou um desejo individual, é uma questão de sobrevivência orientada pelo instinto e referendada pela razão. Aproveita para crescer, melhorar e aperfeiçoar-se como ser humano. Assim, estarás sempre motivado para praticar o bem e para o bem-estar de ti mesmo e de todos os que convivem contigo em sociedade. LMC

sexta-feira, outubro 19, 2012

EU E OS OUTROS



As outras pessoas são fontes permanentes de diferenças, mudanças e inconstâncias. Por isso, o convívio com os demais dentro do meio profissional, pode ser desgastante, quando não se respeita o fato de cada um ser único e, por tanto, pouco previsível aos olhos externos.  Cada pessoa faz as suas escolhas com base nas suas aprendizagens e a consequência disso é que os demais podem concordar com essas escolhas ou necessitarem de adaptação. Como cada pessoa costuma ter em mente um projeto diferente, as pessoas entram em conflito. E Satre sustentava a idéia de que: “o homem por si só não pode conhecer-se na sua totalidade, só através dos olhos de outras pessoas é que alguém consegue ver-se como parte do mundo. Sem a convivência, uma pessoa não pode perceber-se por inteiro. Só a convivência é capaz de nos dar a certeza de que estamos fazendo as escolhas que desejamos”.

Seguir o principio que não existe verdade absoluta e cada um está certo no seu ponto de vista, pode facilitar o convivio com os demais. Carlos Castaneda no seu livro Fogo Inteiro, define  os cinco atributos do guerreiro: controle, disciplina, paciência, oportunidade e vontade.

Uso esses 5 pontos como forma de convívio com as pessoas.

1- Controle: controle emocional, saber conhecer-se, respeitar os próprios limites, saber viver a vida como ela é e não como se imagina, fantasia.
2- Disciplina: para poder organizar e seguir um método de convívio, de mudança ou quebra de padrão na relação. Saber viver no agora e organizar-se para que a sua atenção esta com o foco no agora e na solução ao invés de estar perdido nos pensamentos passados ou que ainda estão por vir ou mesmo nos problemas e aborrecimentos.
3- Paciência: começando por ti mesmo e expando-te aos demais. As coisas tem um tempo para acontecerem, tanto mudanças internas quanto externas. Aceite e respeite.
4- Oportunidade: saber aproveitar as oportunidades de contato com as pessoas e usá-las da melhor maneira possível. Estar focado ajuda-nos a “enxergar” o obvio.
5- Vontade: de querer aprender, misturar-se e achar-se no contato com o outro. Usar essa energia que temos para poder seguir em frente.LMC




Certas relações no trabalho exigem uma dose a mais de paciência

 Saber lidar com as pessoas é uma arte. E justamente porque cada ser humano é único, é fácil perceber as diferenças entre cada um com grande facilidade. Se já compreender a nos mesmo nem sempre é fácil, imagina pensar sobre o próximo. A mente alheia é um grande mistério. A forma de agir e raciocinar é única e por isso a cada momento aprendemos a aprender a conviver.
        No dia a dia do nosso trabalho, muitas vezes, o contato com outros é mais do que importante, simplesmente é fundamental em muitos cargos. E as vezes, as relações tornam-se tão stressantes e cansativas que o sentimento de desgaste é inevitável. E, portanto, conviver com o outro passa a ser uma tarefa elaborada. Sobreviver aos relacionamentos problemáticos no trabalho faz com que os trabalhadores sejam considerados guerreiros, o que na verdade, era para ser algo simples e de pouca preocupação torna-se uma verdadeira batalha de sobrevivência. Criar uma estratégia de bem viver com o grupo é tambem saber eliminar e/ou dosear alguns itens como:
- vaidade
- querer ter sempre a razão
- brigar pelo melhor
- ignorar outra forma de pensar diferente da sua...Etc.
O outro é um grande desafio, que pode ser produtivo ou negativo.
“O inferno são os outros"