quinta-feira, fevereiro 05, 2015



ORAÇÃO
Senhor, como são numerosas e magníficas as provas de amor que nos deste: criaste o universo grande e maravilhoso, e deste-nos a vida e a inteligência para admirarmos as suas belezas. Mas, mais do que tudo isso, mostraste-te nosso Pai, dando-nos a maior prova do teu imenso amor, quando nos enviaste o teu Filho como Salvador.
É, na verdade, um Deus de amor! Por tua iniciativa, generosa e gratuita, fizeste tudo para que não permanecêssemos longe de Ti, teus inimigos. Selaste uma aliança com o teu povo eleito, apesar das suas muitas traições.
Finalmente, deste-nos, pelo teu Filho, a Igreja como mãe e lugar de salvação. O teu Coração é realmente magnânimo. E, como se não bastasse tudo o que já tinhas feito por nós, saciaste-nos com o novo maná: o pão da Palavra e da Eucaristia, os sacramentos do teu amor.
Preocupaste-te em saciar o homem nas suas necessidades materiais e espirituais, manifestando especial predilecção pelos que sofrem e pelos pobres.

Obrigado, Senhor, por tudo quanto fizeste e continuas a fazer por nós, revelando-nos a tua verdadeira identidade que é seres Amor. Amen.



Disciplina militar
A melhor definição de disciplina militar, a que mais convém conhecer é a que está consignada no preâmbulo do Regulamento de Disciplina Militar e que passamos a transcrever: «é o laço moral que liga entre si os diversos graus da hierarquia militar; nasce da dedicação pelo dever e consiste na estrita e pontual observância das leis e regulamentos militares». Diz-se, no mesmo Regulamento que a disciplina se obtém «pela convicção da missão a cumprir e mantém-se pelo prestígio que nasce dos princípios de justiça empregados, do respeito pelos direitos de todos, do cumprimento exacto dos deveres, do saber, da correcção de proceder e da estima recíproca».

Regulamento de Disciplina Militar fornece no seu artigo primeiro: «A disciplina militar consiste na exacta observância das leis e regulamentos militares e das determinações que de umas e de outras derivam: resulta, essencialmente, de um estado de espírito, baseado no civismo e patriotismo, que conduz voluntariamente ao cumprimento individual ou em grupo da missão que cabe às forças armadas».

Uma das principais funções da disciplina: levar à obediência do comando, ou seja, a disciplina militar existe para servir o comando.

Trata-se de uma obediência que tem uma finalidade: coordenar os esforços para conseguir que as forças armadas tenham êxito na sua missão. LMC







Dar sonho à realidade.
O Sonho e a realidade misturam-se e interagem, por vezes energeticamente, nas nossas construções mentais. No sonho vemos, falamos, caminhamos, trabalhamos. Sobretudo quando vivido intensamente o dia prolonga-se na noite, formando com ele uma indivisa unidade de tempo e de sentido.
Assim, o nosso compromisso com a missão, se tomado a cem por cento, mobiliza todo o nosso ser, exigindo tanto da vontade acordada como da fantasia sonhadora. Quando a vida concretiza o que imaginamos e o sonho prolonga o que vivemos, somos mais exigentes connosco e com o mundo.
Quando vivemos intensamente a missão, o sonho pode ser a visão clara do futuro. Pelo sonho elevamo-nos mais alto do que os outros, vemos muito mais além da próxima curva, escolhemos a direção mais correta e o caminho mais azado. Na vida sem sonho os nossos pés como que se colam ao chão, tolhendo-nos a capacidade de ver outros horizontes; no sonho, sublimamos a realidade muito mais além do estar “aqui e agora”.

Deitemo-nos para sonhar a vida, levantando-nos para viver o sonho. Este é o quiasmo de sonho e realidade.
Quem sonha não se arrasta pela vida, não sente o cansaço, não se queda na amargura, não perde a esperança, não desiste com as dificuldades, não se refugia no seu pequeno mundo. Ma linguagem de S. Paulo, nada inveja, tudo crê, tudo suporta, tudo perdoa. Quem sonha faz tudo para atingir a meta “claramente vista”. Para sonhar assim, porém tem de se ter a virtude teologal da esperança, pois só esta permite rasgar o tempo monótono do quotidiano e abrir o horizonte do futuro. Ora, só Deus é o “futuro absoluto”, à luz do qual a vida é vivida como passagem. A esperança, animada pela fé, antecipa o amanhã definitivo, no qual só a caridade permanece.
Quando se crê verdadeiramente que o “futuro a Deus pertence”, a esperança acompanha-nos nos caminhos da vida. Segundo a dialética teológica do “já” e do “ainda não”, estamos a construir a casa onde já habitamos, a compor a música que já ouvimos, a pintar o quadro que já apreciamos, a sonhar a vida que já vivemos. Deste modo, torna-se fácil antever os erros, antecipar os problemas, potenciar o sucesso. O sonho dá-nos o esboço do projeto, a maqueta da obra, os tópicos do discurso.

Mergulhemos a vida no sonho e erguemo-nos do sonho com mais vida, com mais esperança, com as mãos cheias de um presente antecipador do futuro. Só o dinamismo da esperança acelera o ritmo, ativa o otimismo, garante o sucesso. Ninguém consegue travar a esperança, “condição de possibilidade” de toda a ação.
Para realizar o sonho, D. Bosco soube sonhar a vida. A força com que viveu a missão, um dom de “natureza e graça” preenchia-lhe os dias e prolongava-se nas noites, potenciava-lhe a imaginação, reforçava-lhe a esperança. A presença de Maria foi tão intensa na sua vida como nos seus sonhos. Realizou o sonho porque soube sonhar a realidade. Dom. Bosco dormia pouco, mas sonhava muito. Foi Ela quem tudo fez porque foi Ela quem tudo sonhou!
Só conseguimos “dar vida ao sonho” se formos capazes de sonhar a vida. E, porque a capacidade de sonhar transforma a vida, a assunção da missão devolve à vida a capacidade de sonhar.LMC

Texto tirado do Boletim salesiano, autoria Orlando Camacho