segunda-feira, março 21, 2011


DIGO GERAÇÃO RASCA e NÃO GERAÇÃO Á RASCA

A vergonha de um país que se diz civilizado. As gigantescas campanha de programas da treta como as novela/monte de merda, que todos dias invadem as nossas casas fazem com que hoje EU fale desta geração RASCA E NÃO À RASCA.

Gajos “estilosos”, há aqueles que têm quase 30 anos, mas fazem de adolescentes, e depois há os que são mesmo adolescentes. Estes últimos são aqueles que se levam a sério enquanto “actores”. O requisito essencial para qualquer gajo que entre nestas séries é ter um penteado ridículo.

Uma das sérias que parece que todos gostam são os “Morangos”, e a “Geração Rebelde” a palavra “pessoal” é dita 53 vezes por minuto, normalmente inserida nas frases “Eh pá, pessoal!”, no início de cada conversa, ou então “Bora lá, pessoal”, antes do início de qualquer actividade. Mas também é a que mais influências negativas causa ás familias e aos nosso jovens que exigem aos pais andar vestidos à “Morangos”, onde o sexo e drogas estão presentes. É a vergonha e onde ninguém parece lutar contra essas ideias e influências.

O que me irrita é que os gajos são todos betinhos. Mas depois são bué rebeldes. São bué mauzões, man! A brincar com os seus iPhone, com as suas roupinhas fashion, grandes vidas, mas muita mauzões, alguns até têm passado pelas nossas prisões, para verem de quem estamos a falar…

Se há algo que esta geração de morangada não pode ser, não tem direito a ser, é ser rebelde. Rebelde porquê, contra quê? Nunca houve em Portugal geração mais privilegiada do que a actual, à qual esses putos pertencem. Nunca qualquer puto teve tanta liberdade e tanta guita no bolso como esta malta, e os pais a tenir com dificuldades, tudo para que o seu filho ande como esses gajos que se dezem rebeldes. Nunca houve tamanha liberdade de mandar os pais à merda e exigir uma melhor mesada porque é altura dos saldos. Rebelde porquê? Em nome de quê?

É claro que isto são pormenores com os quais as novelas não se deparam, nem têm de o fazer. O objectivo é simples: para uma geração tão privilegiada como aquela que é retratada, há que criar uma rebeldia fictícia, porque não é cool ser dondoca aos 16 anos. Mas é o que todos eles são.

Há uns tempos vi, uns putos e umas gajas, vestidos à “dread” com roupinha acabada de comprar na “Pepe Jeans”.

Um dos putos que ia à frente, não devia ter mais de 16 anos, vem a falar à idiota como se fosse dono da rua, saca duma lata de tinta e escrevinha qualquer coisa de merda na parede. Todos se riram, todos adoraram, e ele foi, durante cinco minutos, o maior do bairro. Não fiz nada, mas devia ter-lhe partido a boca toda.

É esta malta que, devido à merda que a televisão lhes serve e aos paizinhos idiotas que (não) a educaram, que é dona do mundo. Quando já és dono do mundo, vais revoltar-te contra quem? E por que raio haverias de o fazer?!

E assim vamos nós. Com novelas de putos “rebeldes”, feitas por “actores” cujo momento de glória é entrar numa boys band ou aparecer de cú ao léu na capa da FHM, ensinando a todos os outros putos que temos que ter cuidado com as drogas (mas todos os agarrados são limpinhos, assépticos, com os mesmos penteados ridículos), que a gravidez adolescente é má (mas todas as gajas querem é F. à grande, porque são donas da sua própria vida e os pais não sabem nada, etc) e que, sobretudo, este mundo lhes deve alguma coisa.

Talvez eu seja antiquado, apesar de ainda me considerar jovem, mas esta Geração envergonha-me, quando assisto a conversas vergonhosas que os filhos têm com os pais que exigem tudo e mais alguma coisa e estes se encolhem na sua insignificância e cedem, simplemente por terem medo de perder os filhos que os chantageam continuamente com a saída de casa. Estou a falar de adolescentes, não de jovens adultos. É esta a sociedade de futuro que estamos acriar? Que futuro teremos nós mais velhos governados por esta geração reberde; cool? Esta é a nova geração constituída por jovens irresponsáveis, indisciplinados e individualistas. Mas na realidade esta é uma geração que parece condenada ao estatuto de eternos adolescentes que têm de viver em casa dos pais, porque o trabalho não lhes diz nada porque sempre tiveram tudo. Atenção amigos a luta ainda agora vai no adro da Igreja, ponham-se finos senão esta geração que se diz “À RASCA” vai mesmo viver “À RASCA”. Desculpem a linguagem, mas tudo isto me tira do sério.

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